terça-feira, 24 de junho de 2014

Proposta de carta dissertava. Tema . Vaia.

AQUI , UM MODELO DE CARTA DA UNICAMP , O VESTIBULAR É ANTIGO.  É SÓ P VOCÊS TEREM UMA BASE.
É PROPOSTA 3.  VEJAM O ENUNCIADO E A REDACÃO QUE GANHOU NOTA BOA.
http://vestibular.uol.com.br/redacao/ult2821u15.jhtm

PROPOSTA 

Leia neste link um texto que desaprova a vaia que foi dada à Presidente Dilma, por ocasião da abertura da Copa do Mundo.
Leia todos os textos aqui copiados. 
Escreva uma carta a Hildegard Algel.Posiciones-se firmemente a respeito da tese dela. 
De 25 a 30 linhas.

TEXTO 1
http://www.hildegardangel.com.br/?p=39778

Agora leia este e-mail  escrit a ela:


TEXTO 2
Á Hildegard Angel,
Resolvo lhe escrever com o lápis da polidez. Prezada, eu discordo de você . 
Buscarei argumentar a contento. Começo pela palavra ‘vexame’ a que você atribuiu à atitude dos que vaiaram a presidente.
 Pense, mulher, que todo espetáculo é passível de vaia. Surgisse no palco o Tim Maia, atrasado e bêbado, e o público vaiaria. A vaia faz parte do show. E, no show da Copa, estava ela, a rainha de copas do baralho brasileiro. Reflita: não se pode dizer que a Copa fosse só uma copa. Tal efeméride envolve-se com uma hora atritada no país. Não há como separar a bola do campo com a bola da vez que é o governo representado ali pela Presidente. Ela não é apenas uma mulher com sua família, mas, a responsável pela Copa. Claro que ali estavam pessoas de classe-média. Olha o preço alto dos ingressos!
Acorde,meu anjo, o tempo passa no marcador. Estamos cansados do governo e o vaiamos, assim como fazíamos panelaço no tempo do Sarney.
Vaiar é direito de todos. Faz parte do show, é democrático. Gutural, o inominável, o sem palavras. O instante em que a coisa é! Viva! Água Viva!
Não estamos na sala de visita, mas, na arena do pão e circo. Com todo o respeito lhe afirmo que é melhor vaiar do que atirar cristãos aos leões. Atear fogo no caixa do banco.
Sem essa de pensar que a classe-média é isso ou aquilo. O pior: que é a elite branca que vaia. Querida, esse modo de pensar faz parte das palavras de ordem dos anos setenta! Não há mais – e penso que os sociólogos tenham dificuldade nisso – como colocar gente em cumbucas e rotular os malvados ricos e brancos. Pensar assim é muito rasteiro – perdoe=me o jeito. 
Estudei em colégio de freiras, não no Sion, mas, num colégio custoso pro meu pai pagar. Conheco os bons modos, não precisei ler o livro da Danuza! Mas perco as estribeiras vira-e-mexe! Não está fácil pra mim e pra outros da classe-média pagar os impostos, enfrentar filas. Ver o povo morrendo nas filas do Sus e nós no meio. Parei de pagar plano de saúde Estou velha - oscilo entre a palidez branca e o vermelho de raiva. Ralamos muito. Nem toda classe-média é filha da puta e branca. Erro bobo o seu.
Outro ponto: essa sua história de gente fazer feio lá fora. Não há mais lá fora.Tudo virou um mundo só. Estude a globalizacão, ache no Google. E, sem essa de nacionalismo! Pense como VivianeWestwood – aí, escolho alguém da moda que tanto representa pra você. Essa grande artista da costura vem batalhando para acabar com a ideia de nacionalismo .Leia o que ela diz. Nacionalismo é engodo que põe fogo nas massas, por causa, não de pensamento racional, mas, da euforia que assanha as massas.
Minha mãe mandava colocar almofadas sobre os furos do sofá quando vinham visitas em casa. Eu abominada isso.Sejamos o que somos como furos no sofá e na língua. Pelo direito de urrar! Fazer cara de fino pra visitas é coisa de babaca ( desculpe a gíria mas, se o Lula a usa, quem sou eu pra não usa-la).
Você se refere aos poderosos ali sentados vendo a Copa como o creme do creme. Estamos na lama, dear, cherry. Nosso creme é ter o direito a urrar, berrar.E só o que podemos, amarrados que estamos sem poder fazer mais nada. Talvez xixi na arquibancada. Feio isso, mas, os esfíncteres são a essência das gentes.
Fico por aqui, que não quero falar muito.Não é de bom tom. Uma vaia vale mais que mil palavras e mando uma pra você.Desculpe.
 Marininha da Polca, estilista de papel. Uma mulher desbocada.


TEXTO 3
''Vergonha!, por Ricardo Noblat
Vaia é uma manifestação legítima. Mas nada justifica o uso de baixarias para atingir a presidente da República ou quem quer que seja. Nada.
É lamentável que Dilma tenha sido vítima, no jogo de abertura da Copa do Mundo, da incivilidade da maioria das pessoas reunidas ali.
Como milhares de jornalistas ocupados com a transmissão do maior evento do mundo reproduziram o insulto a Dilma e aos bons modos?
O que pensarão outros povos do comportamento do nosso?
Vergonha!''

TEXTO 4
Vaiar é democrático, inibe que se coloquem fogo no banco. Vaiar é um jeito educado de dizer que não se gosta. Seja na Copa ou na Cozinha. Já se bateram panelas aqui em São Paulo ( 1980). Melhor bater panelas à janela ou dar vaias no campo, na fazenda ou na casinha de sapé. É tão gostoso vaiar! É um direito de gente educada dizer sem passar p forca bruta.Foi bonita a vaia, um descarrego, uma catarse, estivesse lá vaiava vaiava com alegria grande feito a de andar na chuva em dia de verão. Vaiamos, logo, existimos. Não somos uma massa combinada,ainda podemos nascer pro lado contrário do que foi planejado pelo jardiNHEIRO. Durma com nossa vaia, amor.

TEXTO 5


Nem xingamento nem vitimização - RONALDO CAIADO


FOLHA DE SP - 22/06

Acreditar que aqueles que xingaram Dilma são integrantes da "elite branca e conservadora" é um insulto à inteligência do brasileiro

É inaceitável numa democracia que um presidente da República seja xingado publicamente de modo grosseiro, especialmente num evento do porte da abertura da Copa do Mundo, vista por mais de 3 bilhões de pessoas em todo o planeta.

É grosseiro, merece nosso repúdio, mas não podemos esquecer o contexto que levaram milhares de pessoas a xingar a presidente Dilma Rousseff no Itaquerão. E muito menos aceitar a "vitimização" que o PT pretende impor à sociedade em mais uma de suas "armadilhas" em lançar falsas questões em falsos debates, com falsos argumentos.

Acreditar que aqueles que a xingaram são "cretinos", "facínoras", integrantes da "elite branca e conservadora" é um insulto à inteligência do brasileiro e é imaginar que ele não tem memória ou capacidade de interpretar gestos políticos.

Por anos o PT e seus principais dirigentes atacaram duramente a figura do presidente da República, qualquer que fosse o ocupante da principal cadeira do Palácio do Planalto. Os ex-presidentes José Sarney, Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso, todos eles sofreram agressões grosseiras de Lula e de outros próceres do partido. Na fila de desafetos petistas incluem-se Mário Covas (chegou a ser agredido fisicamente), José Agripino e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, inclusive ameaçado de morte.

Essa sempre foi a estratégia política do partido da atual presidente da República, desde a sua fundação. A de agredir quem pensa diferente, a de acirrar os conflitos em dicotomias simplistas --"elite branca" versus "maioria negra"-- e a de não respeitar a decisão da maioria, como nos episódios da campanha do "Fora FHC" e da Constituição de 1988, que resistiram a assinar.

Agora tentam utilizar o episódio do Itaquerão para reverter a situação e "vitimizar" a presidente Dilma Rousseff na figura de mulher, "mãe de família", "avó indefesa", para obter ganhos políticos eleitoreiros. Esquecem, propositadamente, que a própria Dilma Rousseff usou o dinheiro público na rede nacional de rádio e TV para estimular o conflito. Contribuiu com uma safra de ofensas que incluiu expressões pouco republicanas para a liturgia de seu cargo, como "derrotados", "fantasmas do passado".

Tentam, ao vitimizá-la, ludibriar a opinião pública e fazer com que se esqueça que, por trás das vaias e dos grosseiros xingamentos, existem insatisfações concretas na população, que já se materializaram nas ruas em junho do ano passado.

A economia vai mal, a inflação recrudesce, os juros sobem e a corrupção grassa solta. Os gastos astronômicos e superfaturados das obras da Copa, o inexistente legado e a incompetência em cumprir o prometido comprometeram a imagem do governo e do país, aqui e no exterior, como indicam as pesquisas.

Mesmo assim, numa vã tentativa de iludir a população, eles fingem que essas informações não se referem à gestão deles. Esse é o quadro, inaceitável numa democracia. Não podemos deixar mais esse exercício cínico de vitimologia do PT prosperar. Precisamos desmascará-lo e garantir um regime democrático pleno, sem xingamentos, mas sem mentiras nem vitimização.
Postado por MURILO às 08:04http://www.hojeemdia.com.br/noticias/politica/aliado-minimiza-vaia-a-dilma-e-opositor-ve-insatisfac-o-1.135622



TEXTO 6
Aliado minimiza vaia a Dilma e opositor vê insatisfação

Eduardo Bresciani, Débora Álvares e Ricardo Della Coletta 



A presidente Dilma Rousseff foi vaiada duas vezes na cerimônia de abertura da Copa das Confederações hoje, no estádio Mané Garrincha, em Brasília. O presidente da Fifa, Joseph Blatter, também alvo da manifestação, chegou a reclamar do público pelo microfone, pedindo "fair play". Para aliados da petista, houve erro da assessoria em expô-la diante de um público de classe média alta. Na oposição, o entendimento é de que o descontentamento com a presidente é crescente.



A vaia, alta e ouvida em todo o estádio, começou no momento em que os nomes de Blatter e Dilma foram anunciados para dar início ao torneio. O presidente da Fifa iniciou sua fala, em português, afirmando que havia ali uma reunião para uma "verdadeira festa do futebol no país pentacampeão". Agradeceu as autoridades brasileiras e citou Dilma, momento em que o público vaiou novamente. Blatter, então, reclamou do comportamento: "Amigos do futebol brasileiro, onde está o respeito e o fair play?".

Dilma ficou com o semblante fechado ao lado do presidente da Fifa e apenas cumpriu o protocolo, sem discursar. "Declaro oficialmente aberta a Copa das Confederações Fifa 2013", disse, visivelmente constrangida. Do outro lado dela estava também o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do Comitê Organizador Local, José Maria Marin, com quem Dilma evitou manter qualquer contato público até então.

Aliados da presidente acreditam que a vaia se deveu às características do público. "Vaia de playboy não vale", disse o deputado Dr. Rosinha (PT-PR) por meio do Twitter. O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) afirmou que a situação deveria ter sido evitada pela assessoria de Dilma. "Faltou avaliação política. Era um evento com ingresso caro, com classe média alta, classe A, não é essa a turma da Dilma e do Lula", afirmou Lindbergh. Presente no estádio, o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) minimizou o fato. "Político no estádio é sempre vaiado, porque o povo ali quer ver futebol", disse. Os petistas lembram ainda que na abertura dos Jogos Pan-americanos de 2007, no Rio de Janeiro, o então presidente Lula foi vaiado, mas isso não impediu a eleição de sua sucessora.

Na oposição, a manifestação do público foi "comemorada". "Essa vaia é um sentimento do País. A gente vê nas ruas que a situação é diferente de três anos atrás. Ali estava a classe média, mas as outras classes também estão sofrendo os efeitos da má administração do PT", afirmou Nilson Leitão (PSDB-MT), líder da minoria na Câmara. "A presidente conseguiu uma antipatia suprapartidária. Os fatores vão se acumulando, como a inflação, e isso pode levá-la a uma derrota", disse o líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (GO).

Festa e protesto

A vaia para a presidente aconteceu depois de o público ter demonstrado empolgação com o evento, distribuindo aplausos para voluntários e até para o hino japonês. A cerimônia de abertura da competição, dirigida pelo carnavalesco Paulo Barros, procurou vender a principal festa popular do País. Voluntários realizaram mosaicos no gramado, houve espaço para homenagem às oito seleções participantes e a conclusão com bonecos similares aos do Carnaval de Olinda disputando uma partida de futebol sob um campo formado em mosaico.

Do lado de fora, porém, o público que acessou o estádio presenciou um protesto reprimido com força pela Polícia Militar do Distrito Federal, estado governado pelo petista Agnelo Queiroz. Os manifestantes foram dispersados com bombas de efeito moral e disparos de bala de borracha. A PM usou também gás lacrimogêneo. Ao todo, 3 mil homens participaram da segurança do jogo.

O primeiro confronto ocorreu quando um grupo tentou acessar a área onde o protesto estava concentrado, em frente ao estádio. Houve tumulto e a PM soltou bombas de gás lacrimogêneo. Um jovem foi ferido na perna. Até as 15h30 já haviam sido presos 17 adultos e apreendidos 10 menores, de acordo com o advogado dos manifestantes, Gilson dos Santos.

Depois dessa ação, uma parte dos manifestantes voltou a se reunir em frente ao estádio. A PM deu ordem de dispersar e agiu novamente, desta vez com vários disparos de bala de borracha e com bombas de efeito moral. Os manifestantes reclamam que os recursos gastos na construção dos estádios deveriam ser revertidos para áreas como saúde e educação. A organização surgiu a partir de redes sociais e houve ainda demonstrações de apoio ao movimento em São Paulo e em outras capitais do País pela redução da tarifa de ônibus. A manifestação em Brasília teve início com cerca de 350 pessoas, mas outras foram chegando durante as mais de cinco horas de protesto.http://www.hojeemdia.com.br/noticias/politica/aliado-minimiza-vaia-a-dilma-e-opositor-ve-insatisfac-o-1.135622


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