quinta-feira, 21 de agosto de 2014

TEMA: O VAGÃO ROSA

Escreva uma dissertação em que você se posicione a respeito da criação do vagão rosa, exclusivo para as mulheres que andam de metrô e trens.
Veja que o Governador de São Paulo vetou o projeto de lei, mas, no Rio de Janeiro, há o chamado Vagão Rosa.
Leia todos os textos, por favor!!!!!!!!!! 


TEXTO 1
O governador Geraldo Alckmin vetou na tarde desta terça-feira (12) o projeto de lei para a criação de vagões exclusivos para as mulheres que utilizam o trem e o metrô na cidade de São Paulo. A separação de gêneros proposta por deputados estaduais no dia 3 de julho para evitar o assédio sexual cometido durante as viagens e a ação dos chamados“encoxadores” nos trens e no metrô será arquivada.
Após se reunir com ativistas contrários à criação do "vagão rosa", que além de mulheres, poderia ser utilizado também por crianças e adolescentes, Geraldo Alckmin classificou o projeto como uma "intenção louvável" mas disse que "na prática não nos parece ser o caminho adequado".
Desde a decisão dos deputados em criar uma lei para obrigar as companhias de transporte ferroviário público a ter separado um vagão destinado às mulheres, diversas manifestações surgiram nas redes sociais e ruas da cidade. Cerca de 200 pessoas se reuniram para protestar contra o vagão exclusivo e foram até a Secretaria Estadual de Transportes Metropolitanos, na rua Boa Vista, região central de São Paulo.
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TEXTO 2
Os deputados estaduais de São Paulo aprovaram o projeto de lei que prevê a criação de um vagão exclusivo para mulheres.O deputado Jorge Caruso, do PMDB, acredita que esses vagões ajudarão a evitar o assédio sexual que ocorre nos horários de pico. O Metrô e a CPTM, assim como nós, não aprovam a ideia e, procurados pelo jornal Folha de São Paulo, declararam considerar que a criação dos vagões "infringe o direito de igualdade entre gêneros à livre mobilidade".
Resta agora esperar que o governador Geraldo Alckmin vete esse projeto.
Comprar a ideia do vagão separado é partir do pressuposto de que o problema é a mulher e que ela é quem deve ser segregada, enquanto os assediadores ficam soltos por aí. É legitimar que ela é quem provoca o assédio. É dizer que os homens são animais incapazes de civilidade, incapazes de respeito, incapazes de controle.
Esses assédios não têm nada a ver com desejo; tem a ver, sim, com poder e com uma cultura machista. Assédio e estupro não fazem parte de conduta sexual e isso deve ficar claro de uma vez por todas. Se não há consentimento, não é sexo, é abuso.
Além do mais, devo frisar: os assediadores do transporte público não são doentes. Eles fazem parte dos homens que aprenderam, ao longo de sua vida, que podem tocar o corpo de uma mulher sem consentimento, e que continuarão fazendo isso fora dos vagões, na rua, em todos os lugares, inclusive em lugares considerados seguros – 77% dos estupros são cometidos por conhecidos da vítima. O vagão não resolve sequer uma parte do problema. E se a mulher estiver no vagão “dos homens” e for assediada, então a culpa será dela? E se ela estiver em outro lugar, a culpa vai ser da roupa? E se ela estiver toda coberta, a culpa vai ser do horário? Não. A culpa nunca é da vítima e não é segregando que se protege.
Seguindo essa lógica do vagão, a culpa sempre será da mulher, pois já que homem é homem e tem instintos, não é responsável por seus próprios atos. É nisso que vocês acreditam? Que o homem é um animal incapaz de se controlar e que a mulher é culpada? E então, sendo o homem um animal incapaz, ele deve ficar livre para cometer atrocidades enquanto as suas vítimas são isoladas dele? A culpa nunca é da vítima. Nunca. Nunca.
Sem esquecer do constrangimento que as mulheres trans estariam sujeitas por esses vagões, correndo o risco de alguém “decidir” que elas não são mulheres.
Outra falha no discurso de quem acredita no vagão exclusivo é dizer que a mulher deve se preservar usando roupas “decentes”, usando como exemplo que não se deve deixar um carro aberto na rua ou um laptop largado por aí; pois bem, amigos, nossos corpos não são posses. Mulheres não são coisas, são pessoas. Nossos corpos são nossos corpos e devem ser respeitados sem exceção.
E só pra finalizar: no Rio de Janeiro há essa política do vagões e, adivinha? Não funciona. Os homens utilizam o vagão destinados às mulheres e as mulheres frequentemente precisam usar os vagões “normais”, porque afinal, somos muitas. Quantos vagões desses pretendem fazer? Somos 51,5% da população brasileira, não cabemos em um vagãozinho.
Não queremos políticas públicas que limitem nossos espaços. Punição para quem assedia e liberdade para as mulheres é o que queremos. Não é segregando que se protege.http://www.cartacapital.com.br/blogs/escritorio-feminista/vagao-para-mulheres-segregar-nao-e-proteger-1789.html

Texto 3 NÃO DEIXE DE LER ESTE TEXTO. É PRECISO ACESSAR O LINK, O TEXTO É BEM COMPLETO
http://alias.estadao.com.br/noticias/geral,essa-tal-feminilidade,1541172

Estadão 

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