quinta-feira, 23 de outubro de 2014

PROPOSTA BOA DA GV, PERMITE QUE ENTENDAMOS MELHOR A GERAÇÃO Y


AQUI A PROPOSTA ( Marina, veja que eu tinha razão. Tive a precaução de parar a aula para ter tempo de entender direito a proposta da GV, boa proposta, mas incompleta. O tema é importantíssimo. Não deixe de ler tudo que puder)


Esta proposta é boa, mas não nos dá muitos subsídios para a construção do nosso texto.
A banca colocou uma entrevista. Nela o entrevistado apresenta dados da geração y, mas não dá as causas. E como se dissesse que os coelhos estão roubando cenouras da casa do senhor John, sem , no entanto, explicar o porquê de eles gostarem de cenouras. 
Fiz uma nova coletânea, porque só com ela é que poderemos criar uma boa redação.
Conhecer esta geração é fundamental para o vestibulando. Sabemos que já foram pedidas em várias propostas , principalmente as da Fuvest, temas que exigiam conhecimento sobre a nova leva de jovens que ingressavam na faculdade.
Tomem cuidado, vocês que hoje têm pouco mais de vinte anos não fazem parte da geração Y. Mas sim, à geração Z. Ocorre que as bancas que fazem vestibular estão confundindo um pouco tudo isso. 
Para esclarecer um pouco coloco aqui ( não deixem de ler) um link que delimita bem as gerações.http://pt.wikipedia.org/wiki/Gera%C3%A7%C3%A3o_Z
Prometo buscar textos sobre a geração Z. Mas a proposta da GV trata da geração Y.


PROPOSTA


Leia os seguintes trechos de uma entrevista sobre a chamada “geração y” ou “geração net”, 

concedida a Information Week Brasil (IWB) por Don Tapscott, diretor da New Paradigm e autor de 

Wikinomics e de outros dez livros: 

InformationWeek Brasil - Como você define a geração Y (ou net)? 

Don Tapscott - Nascidos entre 1977 e 1997, os integrantes da geração net 

constituem a primeira leva de jovens totalmente imersa na interatividade, 

hiperestimulação e ambiente digital. Globalmente, eles representam um quarto da 

população do mundo e daqui a pouco vão dominar a força de trabalho, consumo e 

política. 

IWB - Como os jovens dessa geração vão mudar a maneira como as companhias 

trabalham? 

Tapscott - Eles têm a expectativa de um ambiente de trabalho inovador, com 

flexibilidade de horário, mobilidade e um processo de tomada de decisão muito ágil. 

Eles ficarão frustrados se encontrarem um ambiente de controles rígidos e que lhes 

diga como é que eles devem trabalhar. O velho modelo de "recrutar, gerenciar e 

manter" os empregados não funciona mais. 

IWB - Qual é o impacto da entrada dessa geração para a TI das companhias? 

Tapscott - Muito grande. Essa geração nasceu em bits e está completamente 

confortável com tecnologia. Eles querem o estado da arte da tecnologia e de 

ferramentas de colaboração, tais como wikis e mensagens instantâneas, que os 

ajudam a trabalhar. Quando convém, eles anseiam por trabalhar em outras 

localidades, em casa, por exemplo, e esperam que as tecnologias estejam 

disponíveis nessas localizações remotas. 

IWB - Qual tipo de novos valores a geração Y traz para as companhias? 

Tapscott - Os jovens pensam e se relacionam de forma diferente, e estão dispostos a 

trabalhar em um ambiente de constantes mudanças. Ainda que os integrantes da 

geração net sejam confiantes, criativos, independentes e tenham mente aberta, eles 

tendem a ser um grande desafio para gerenciar. Eles demandam novas 

oportunidades para aprender e responsabilidade, querem feedbacks instantâneos, 

primam por balancear a vida profissional e pessoal e anseiam por relacionamentos 

fortes no ambiente de trabalho. Por isto, as companhias precisam alterar sua cultura 

de gestão desses jovens, sem, no entanto, perder o respeito pelas necessidades dos 

outros funcionários. Se cultivada adequadamente, essa geração traz vantagens 

para a organização, no que se refere à inovação e competitividade. 

IWB - Na sua opinião, essas mudanças ocorrem da mesma maneira ao redor do 

mundo? Quais seriam as diferenças entre os países? 

Tapscott - Sim, conforme tenho visto. Como parte do meu novo livro, Grown Up 

Digital, nós pesquisamos milhares de jovens de 12 países ao redor do mundo. 

Existem diferenças regionais na abordagem do trabalho. Por exemplo, os jovens 

primam pela liberdade. Na América do Norte, liberdade geralmente significa fazer o 

próprio horário e trabalhar em casa sempre que puderem. Já em economias 

emergentes, pelo contrário, significa trocar de empresa rapidamente e facilmente. 

Isto, claro, é um desafio para os empregadores, especialmente a partir do momento 

em que a geração net na Índia e China pode praticamente dobrar seu salário 

simplesmente por retomar a carreira em uma organização multinacional.

Information Week Brasil. Edição 202. 27/01/2010. 2 

Como você avalia as observações de Tapscott? No que se refere ao modo de considerar o mundo 

do trabalho, a atual geração de jovens difere, de fato, da geração precedente? As expectativas 

profissionais que o entrevistado identifica na “geração y” correspondem à realidade? Você as 

reconhece no seu meio social? Atendendo a essas questões e a outras que você julgue relevantes, 

redija uma dissertação em prosa, na qual você exponha seu ponto de vista sobre A atual geração 

de jovens e o mundo do trabalho. 

Instruções: 

– A redação deverá seguir as normas da língua escrita culta*. 

– O texto deverá ter, no mínimo, 20 e, no máximo, 30 linhas escritas. 

– Redações fora desses limites não serão corrigidas e receberão nota zero. 

– A redação também terá nota zero, caso haja fuga total ao tema ou à estrutura definidos 

na proposta de redação. 

– Dê um título a sua redação. 


CONSELHO DA ROSE
DELIMITE BEM O TEMA. 
EU MOSTRARIA OS PONTOS NEGATIVOS DA GERAÇÃO. MINHA TESE SERIA RETIRADA DAÍ. E PROPORIA MUDANÇAS PARA ELA ( QUE -DE ACORDO COM A MAIORIA DOS ESTUDIOSOS- ESTÁ INFELIZ. SÓ ASSIM, ADAPTANDO-SE À REALIDADE,  ESSA GERAÇÃO PODERÁ SER MAIS FELIZ.
CLARO QUE REALÇARIA SUAS QUALIDADES , TÃO CARAS O MUNDO PROFISSIONAL.
MAS LEIAM TUDO.  PODERÃO FICAR MAIS ESCLARECIDOS A RESPEITO DA TAL PROPOSTA DA GV -= QUE PODERÁ SERVIR PARA QUAISQUER VESTIBULARES. NÃO SE PODE IR PARA A PROVA SEM ANALISAR A GERAÇÃO MAIS PRÓXIMA DA SUA.



texto 1 

Porque os jovens profissionais da geração Y estão infelizes


Esta é a Ana.
Ana é parte da Geração Y, a geração de jovens nascidos entre o fim da década de 1970 e a metade da década de 1990. Ela também faz parte da cultura Yuppie, que representa uma grande parte da geração Y.
“Yuppie” é uma derivação da sigla “YUP”, expressão inglesa que significa “Young Urban Professional”, ou seja, Jovem Profissional Urbano. É usado para referir-se a jovens profissionais entre os 20 e os 40 anos de idade, geralmente de situação financeira intermediária entre a classe média e a classe alta. Os yuppies em geral possuem formação universitária, trabalham em suas profissões de formação e seguem as últimas tendências da moda. – Wikipedia
Eu dou um nome para yuppies da geração Y — costumo chamá-los de “Yuppies Especiais e Protagonistas da Geração Y”, ou “GYPSY” (Gen Y Protagonists & Special Yuppies). Um GYPSY é um tipo especial de yuppie, um tipo que se acha o personagem principal de uma história muito importante.
Então Ana está lá, curtindo sua vida de GYPSY, e ela gosta muito de ser a Ana. Só tem uma pequena coisinha atrapalhando:
Ana está meio infeliz.
Para entender a fundo o porquê de tal infelicidade, antes precisamos definir o que faz uma pessoa feliz, ou infeliz. É uma formula simples:
É muito simples — quando a realidade da vida de alguém está melhor do que essa pessoa estava esperando, ela está feliz. Quando a realidade acaba sendo pior do que as expectativas, essa pessoa está infeliz.
Para contextualizar melhor, vamos falar um pouco dos pais da Ana:
Os pais da Ana nasceram na década de 1950 — eles são “Baby Boomers“. Foram criados pelos avós da Ana, nascidos entre 1901 e 1924, e definitivamente não são GYPSYs.
Na época dos avós da Ana, eles eram obcecados com estabilidade econômica e criaram os pais dela para construir carreiras seguras e estáveis. Eles queriam que a grama dos pais dela crescesse mais verde e bonita do que eles as deles próprios. Algo assim:
Eles foram ensinados que nada podia os impedir de conseguir um gramado verde e exuberante em suas carreiras, mas que eles teriam que dedicar anos de trabalho duro para fazer isso acontecer.
Depois da fase de hippies insofríveis, os pais da Ana embarcaram em suas carreiras. Então nos anos 1970, 1980 e 1990, o mundo entrou numa era sem precedentes de prosperidade econômica. Os pais da Ana se saíram melhores do que esperavam, isso os deixou satisfeitos e otimistas.
Tendo uma vida mais suave e positiva do que seus próprios pais, os pais da Ana a criaram com um senso de otimismo e possibilidades infinitas. E eles não estavam sozinhos. Baby Boomers em todo o país e no mundo inteiro ensinaram seus filhos da geração Y que eles poderiam ser o que quisessem ser, induzindo assim a uma identidade de protagonista especial lá em seus sub-conscientes.
Isso deixou os GYPSYs se sentindo tremendamente esperançosos em relação à suas carreiras, ao ponto de aquele gramado verde de estabilidade e prosperidade, tão sonhado por seus pais, não ser mais suficiente. O gramado digno de um GYPSY também devia ter flores.
Isso nos leva ao primeiro fato sobre GYPSYs:
GYPSYs são ferozmente ambiciosos
President1
O GYPSY precisa de muito mais de sua carreira do que somente um gramado verde de prosperidade e estabilidade. O fato é, só um gramado verde não é lá tão único e extraordinário para um GYPSY. Enquanto seus pais queriam viver o sonho da prosperidade, os GYPSYs agora querem viver seu próprio sonho.
Cal Newport aponta que “seguir seu sonho” é uma frase que só apareceu nos últimos 20 anos, de acordo com o Ngram Viewer, uma ferramenta do Google que mostra quanto uma determinada frase aparece em textos impressos num certo período de tempo. Essa mesma ferramenta mostra que a frase “carreira estável” saiu de moda, e  também que a frase “realização profissional” está muito popular.
Para resumir, GYPSYs também querem prosperidade econômica assim como seus pais – eles só querem também se sentir realizados em suas carreiras, uma coisa que seus pais não pensavam muito.
Mas outra coisa está acontecendo. Enquanto os objetivos de carreira da geração Y se tornaram muito mais específicos e ambiciosos, uma segunda ideia foi ensinada à Ana durante toda sua infância:
Este é provavelmente uma boa hora para falar do nosso segundo fato sobre os GYPSYs:
GYPSYs vivem uma ilusão
Na cabeça de Ana passa o seguinte pensamento: “mas é claro… todo mundo vai ter uma boa carreira, mas como eu sou prodigiosamente magnífica, de um jeito fora do comum, minha vida profissional vai se destacar na multidão”. Então se uma geração inteira tem como objetivo um gramado verde e com flores, cada indivíduo GYPSY acaba pensando que está predestinado a ter algo ainda melhor:
Um unicórnio reluzente pairando sobre um gramado florido.
Mas por que isso é uma ilusão? Por que isso é o que cada GYPSY pensa, o que põe em xeque a definição de especial:
es-pe-ci-al | adjetivo
melhor, maior, ou de algum modo
diferente do que é comum
De acordo com esta definição, a maioria das pessoas não são especiais, ou então “especial” não significaria nada.
Mesmo depois disso, os GYPSYs lendo isto estão pensando, “bom argumento… mas eu realmente sou um desses poucos especiais” – e aí está o problema.
Uma outra ilusão é montada pelos GYPSYs quando eles adentram o mercado de trabalho. Enquanto os pais da Ana acreditavam que muitos anos de trabalho duro eventualmente os renderiam uma grande carreira, Ana acredita que uma grande carreira é um destino óbvio e natural para alguém tão excepcional como ela, e para ela é só questão de tempo e escolher qual caminho seguir. Suas expectativas pré-trabalho são mais ou menos assim:
Infelizmente, o mundo não é um lugar tão fácil assim, e curiosamente carreiras tendem a ser muito difíceis. Grandes carreiras consomem anos de sangue, suor e lágrimas para se construir – mesmo aquelas sem flores e unicórnios – e mesmo as pessoas mais bem sucedidas raramente vão estar fazendo algo grande e importante nos seus vinte e poucos anos.
Mas os GYPSYs não vão apenas aceitar isso tão facilmente.
Paul Harvey, um professor da Universidade de New Hampshire, nos Estados Unidos, e expert em GYPSYs, fez uma pesquisa onde conclui que a geração Y tem “expectativas fora da realidade e uma grande resistência em aceitar críticas negativas” e “uma visão inflada sobre si mesmo”. Ele diz que “uma grande fonte de frustrações de pessoas com forte senso de grandeza são as expectativas não alcançadas. Elas geralmente se sentem merecedoras de respeito e recompensa que não estão de acordo com seus níveis de habilidade e esforço, e talvez não obtenham o nível de respeito e recompensa que estão esperando”.
Para aqueles contratando membros da geração Y, Harvey sugere fazer a seguinte pergunta durante uma entrevista de emprego: “Você geralmente se sente superior aos seus colegas de trabalho/faculdade, e se sim, por quê?”. Ele diz que “se o candidato responde sim para a primeira parte mas se enrola com o porquê, talvez haja um senso inflado de grandeza. Isso é por que a percepção da grandeza é geralmente baseada num senso infundado de superioridade e merecimento. Eles são levados a acreditar, talvez por causa dos constantes e ávidos exercícios de construção de auto-estima durante a infância, que eles são de alguma maneira especiais, mas na maioria das vezes faltam justificativas reais para essa convicção”.
E como o mundo real considera o merecimento um fator importante, depois de alguns anos de formada, Ana se econtra aqui:
A extrema ambição de Ana, combinada com a arrogância, fruto da ilusão sobre quem ela realmente é, faz ela ter expectativas extremamente altas, mesmo sobre os primeiros anos após a saída da faculdade. Mas a realidade não condiz com suas expectativas, deixando o resultado da equação “realidade – expectativas = felicidade” no negativo.
E a coisa só piora. Além disso tudo, os GYPSYs tem um outro problema, que se aplica a toda sua geração:
GYPSYs estão sendo atormentados
Obviamente, alguns colegas de classe dos pais da Ana, da época do ensino médio ou da faculdade, acabaram sendo mais bem-sucedidos do que eles. E embora eles tenham ouvido falar algo sobre seus colegas de tempos em tempos, através de esporádicas conversas, na maior parte do tempo eles não sabiam realmente o que estava se passando na carreira das outras pessoas.
A Ana, por outro lado, se vê constantemente atormentada por um fenômeno moderno: Compartilhamento de Fotos no Facebook.
As redes sociais criam um mundo para a Ana onde: A) tudo o que as outras pessoas estão fazendo é público e visível à todos, B) a maioria das pessoas expõe uma versão maquiada e melhorada de si mesmos e de suas realidades, e C) as pessoas que expôe mais suas carreiras (ou relacionamentos) são as pessoas que estão indo melhor, enquanto as pessoas que estão tendo dificuldades tendem a não expor sua situação. Isso faz Ana achar, erroneamente, que todas as outras pessoas estão indo super bem em suas vidas, só piorando seu tormento.
Então é por isso que Ana está infeliz, ou pelo menos, se sentindo um pouco frustrada e insatisfeita. Na verdade, seu início de carreira provavelmente está indo muito bem, mas mesmo assim, ela se sente desapontada.
Aqui vão meus conselhos para Ana:
1) Continue ferozmente ambiciosa. O mundo atual está borbulhando de oportunidades para pessoas ambiciosas conseguirem sucesso e realização profissional. O caminho específico ainda pode estar incerto, mas ele vai se acertar com o tempo, apenas entre de cabeça em algo que você goste.
2) Pare de pensar que você é especial. O fato é que, neste momento, você não é especial. Você é outro jovem profissional inexperiente que não tem muito para oferecer ainda. Você pode se tornar especial trabalhando duro por bastante tempo.
3) Ignore todas as outras pessoas. Essa impressão de que o gramado do vizinho sempre é mais verde não é de hoje, mas no mundo da auto-afirmação via redes sociais em que vivemos, o gramado do vizinho parece um campo florido maravilhoso. A verdade é que todas as outras pessoas estão igualmente indecisas, duvidando de si mesmas, e frustradas, assim como você, e se você apenas se dedicar às suas coisas, você nunca terá razão pra invejar os outros.
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 Fonte em português: http://qga.com.br/comportamento/jovem/2013/09/porque-os-jovens-profissionais-da-geracao-y-estao-infelizesShare this:http://demografiaunicamp.wordpress.com/2013/10/30/porque-os-jovens-profissionais-da-geracao-y-estao-infelizes/
texto 2 
São Paulo - Quem faz parte da geração Y já está acostumado a ouvir todo tipo de crítica sobre seu modo de ser. Os jovens são chamados de arrogantes, mimados, impacientes e - como se não bastasse - terrivelmente carentes de inteligência emocional.
Uma recente pesquisa da consultoria YCoach mostrou que as emoções são o principal obstáculo para a carreira dos ingressantes no mercado de trabalho. Mesmo quem tem boas competências do ponto de vista técnico sofre nos primeiros anos da vida profissional, devido a fragilidades comportamentais.
O que falta a essa geração é, sobretudo, autoconhecimento. Pelo menos é o que pensa Roberto Santos, sócio-diretor da Ateliê RH. “É claro que existem exceções, mas a maioria dos Y tem dificuldade de identificar suas próprias emoções, e também as dos outros”, afirma.
Outro problema, na opinião de Santos, está no grande apego dos jovens à tecnologia. “A comunicação acontece muito frequentemente por redes como Facebook ou WhatsApp, e acaba perdendo a expressividade da linguagem corporal, gestual e oral”, afirma.
Com isso, eles acabam desaprendendo a ler sinais emocionais do outro, além de se tornarem menos empáticos. “É uma deficiência muito grave, porque o mundo do trabalho se pauta justamente pela qualidade dos relacionamentos que você trava com colegas, subordinados e chefes”, comenta o especialista.
Feitas as críticas, Santos acredita que a geração tem sim “conserto”. Com sua ajuda, EXAME.com listou alguns cuidados que podem ajudar você, Y, a fazer as pazes com as suas emoções:
1. Pense e converse sobre o que o deixa tenso
Depois de situações estressantes, recomenda Santos, nada de esquecer ou tentar se distrair com outros assuntos. “É importante parar um pouco e refletir sobre o que houve de tão incômodo para você naquele episódio”, explica.
Depois desse tempo de introspecção, é importante comparar as suas percepções com as de outra pessoa. “Não adianta falar com a mãe”, brinca Santos. O ideal é conversar com colegas de trabalho ou pessoas da mesma idade ou profissão.
2. Observe atentamente o seu ambiente
Procure prestar atenção nos detalhes do comportamento das outras pessoas. Exercitar esse olhar ajuda a perceber as emoções que elas estão expressando ou escondendo, de acordo com Santos.
Tem dificuldade em interpretar os sinais sozinho? “Busque conselhos de alguém que é bom nisso, ou pergunte diretamente ao outro como ele se sentiu em uma determinada situação, e por quê”, recomenda ele.
3. Perceba o que faz os outros concordarem com você
A capacidade de influenciar os outros tem tudo a ver com o domínio das emoções, segundo Santos. “Profissionais competentes nisso costumam ter carreiras de sucesso”, diz o especialista.
Mas como conseguir afetar os estados de espírito, ideias e comportamentos das outras pessoas? A dica é estudar as sutilezas da sua interação com elas. “Recomendo que, em cada situação vivida, o jovem note qual foi o detalhe que fez alguém aderir ou não às suas propostas”, afirma.
4. Reconheça que seu sucesso depende das outras pessoas
Um ingrediente fundamental da inteligência emocional é a empatia, isto é, a capacidade de detectar as emoções do outro e adaptar o seu comportamento a elas. "É a rara capacidade de se colocar verdadeiramente no lugar do outro", explica Santos.
Para desenvolver isso, só existe um caminho, segundo ele. “Você precisa admitir, para si mesmo, que a sua carreira depende do apoio das outras pessoas, e ele só vai existir se você respeitá-las e compreendê-las”, conclui.http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/como-a-geracao-y-pode-ter-mais-inteligencia-emocional

Texto 3 ( é longo, vou ler e resumir aqui). Não é preciso ler....só depois que eu o resumir.

Texto 4
Geração Y
Eles já foram acusados de tudo: distraídos, superficiais e até egoístas. Mas se preocupam com o ambiente, têm fortes valores morais e estão prontos para mudar o mundo
RITA LOIOLA

Priscila só faz o que gosta. Francis não consegue passar mais de três meses no mesmo trabalho. E Felipe leva a sério esse papo de cuidar do meio ambiente. Eles são impacientes, preocupados com si próprios, interessados em construir um mundo melhor e, em pouco tempo, vão tomar conta do planeta.
Com 20 e poucos anos, esses jovens são os representantes da chamada Geração Y, um grupo que está, aos poucos, provocando uma revolução silenciosa. Sem as bandeiras e o estardalhaço das gerações dos anos 60 e 70, mas com a mesma força poderosa de mudança, eles sabem que as normas do passado não funcionam - e as novas estão inventando sozinhos. "Tudo é possível para esses jovens", diz Anderson Sant'Anna, professor de comportamento humano da Fundação Dom Cabral. "Eles querem dar sentido à vida, e rápido, enquanto fazem outras dez coisas ao mesmo tempo."
Folgados, distraídos, superficiais e insubordinados são outros adjetivos menos simpáticos para classificar os nascidos entre 1978 e 1990. Concebidos na era digital, democrática e da ruptura da família tradicional, essa garotada está acostumada a pedir e ter o que quer. "Minha prioridade é ter liberdade nas minhas escolhas, fazer o que gosto e buscar o melhor para mim", diz a estudante Priscila de Paula, de 23 anos. "Fico muito insatisfeita se vejo que fui parar em um lugar onde faço coisas sem sentido, que não me acrescentam nada."
A novidade é que esse "umbiguismo" não é, necessariamente, negativo. "Esses jovens estão aptos a desenvolver a autorrealização, algo que, até hoje, foi apenas um conceito", afirma Anderson Sant'Anna. "Questionando o que é a realização pessoal e profissional e buscando agir de acordo com seus próprios interesses, os jovens estão levando a sociedade a um novo estágio, que será muito diferente do que conhecemos."
Nessa etapa, "busca de significado" é a expressão que dá sentido às coisas. Uma pesquisa da Fundação Instituto de Administração (FIA/USP) realizada com cerca de 200 jovens de São Paulo revelou que 99% dos nascidos entre 1980 e 1993 só se mantêm envolvidos em atividades que gostam, e 96% acreditam que o objetivo do trabalho é a realização pessoal. Na questão "qual pessoa gostariam de ser?", a resposta "equilibrado entre vida profissional e pessoal" alcançou o topo, seguida de perto por "fazer o que gosta e dá prazer". O estudo, desenvolvido por Ana Costa, Miriam Korn e Carlos Honorato e apresentado em julho, tentou traçar um perfil dessa geração que está dando problema para pais, professores e ao departamento de RH das empresas.
No trabalho, é comum os recém-contratados pularem de um emprego para o outro, tratarem os superiores como colegas de turma ou baterem a porta quando não são reconhecidos. "Descobrimos que eles não são revoltados e têm valores éticos muito fortes, priorizam o aprendizado e as relações humanas", diz Miriam. "Mas é preciso, antes de tudo, aprender a conversar com eles para que essas características sejam reveladas."
BERÇO DIGITAL § E essa conversa pode ser ao vivo, pelo celular, e-mail, msn, Twitter ou qualquer outra ferramenta de comunicação que venha a surgir no mundo. Essa é a primeira geração que não precisou aprender a dominar as máquinas, mas nasceu com TV, computador e comunicação rápida dentro de casa. Parece um dado sem importância, mas estudos americanos comprovam que quem convive com ferramentas virtuais desenvolve um sistema cognitivo diferente.
Uma pesquisa do Departamento de Educação dos Estados Unidos revelou que crianças que usam programas online para aprender ficam nove pontos acima da média geral e são mais motivadas. "É a era dos indivíduos multitarefas", afirma Carlos Honorato, professor da FIA. Ao mesmo tempo em que estudam, são capazes de ler notícias na internet, checar a página do Facebook, escutar música e ainda prestar atenção na conversa ao lado. Para eles, a velocidade é outra. Os resultados precisam ser mais rápidos, e os desafios, constantes.
É mais ou menos como se os nascidos nas duas últimas décadas fossem um celular de última geração. "Eles já vieram equipados com a tecnologia wireless, conceito de mobilidade e capacidade de convergência", diz a psicóloga Tânia Casado, coordenadora do Programa de Orientação de Carreiras (Procar) da Universidade de São Paulo. "Usam uma linguagem veloz, fazem tudo ao mesmo tempo e vivem mudando de lugar." O analista Francis Kinder, de 22 anos, não permanece muito tempo fazendo a mesma coisa. "Quando as coisas começam a estabilizar fico infeliz", diz. "Meu prazo é três meses, depois disso preciso mudar, aprender mais."
Um estudo da consultoria americana Rainmaker Thinking revelou que 56% dos profissionais da Geração Y querem ser promovidos em um ano. A pressa mostra que eles estão ávidos para testar seus limites e continuar crescendo na vida profissional e pessoal. Essa vontade de se desenvolver foi apontada como fundamental para 94% dos jovens entrevistados pelos pesquisadores da FIA. Os dados refletem a intenção de estar aprendendo o tempo todo. Mas, dessa vez, o professor precisa ser alguém ético e competente.
"Esse ambiente onde qualquer um pode ser desmascarado com uma simples busca no Google ensinou aos mais novos que a clareza e a honestidade nas relações é essencial", afirma Ana Costa, pesquisadora da FIA. "Não consigo conviver com gente pouco ética ou que não cuida do ambiente onde vive", diz Felipe Rodrigues, 22 anos, estudante de administração. O sentimento do rapaz é compartilhado por 97% dos nascidos na mesma época, que afirmam não gostar de encontrar atitudes antiéticas ao seu redor, de acordo com os dados da FIA. "Chegou a hora dos chefes transparentes, alguém que deve ensinar. A geração passada enxergava os superiores como seres para respeitar e obedecer. Não é mais assim."
Mas, além de aprender com os superiores, eles sabem que também podem ensiná-los, em uma relação horizontal. Os jovens modernos funcionam por meio de redes interpessoais, nas quais todas as peças têm a mesma importância. "A Geração Y mudou a forma como nós interagimos", diz Ana Costa. "O respeito em relação aos superiores ou iguais existe, mas é uma via de duas mãos. Eles só respeitam aqueles que os respeitam, e veem todos em uma situação de igualdade", afirma.

VIDA PESSOAL EM PRIMEIRO LUGAR § Os sinais mais claros da importância que os jovens dão aos próprios valores começam a piscar no mundo do trabalho. Como seus funcionários, as empresas estão flexibilizando as hierarquias, agindo em rede, priorizando a ética e a responsabilidade. E, se no passado a questão era saber equilibrar a vida íntima com uma carreira, hoje isso não é nem sequer questionado: a vida fora do escritório é a mais importante e ponto final.
Uma oficina sobre carreiras com estudantes da Faculdade de Administração da USP mostrou que a prioridade da maioria deles é ter "estilo de vida", ou seja, integrar o emprego às necessidades familiares e pessoais - e não o contrário. "A grande diferença em relação às juventudes de outras décadas é que, hoje, eles não abrem mão das rédeas da própria vida", diz Tânia Casado. "Eles estão customizando a própria existência, impondo seus valores e criando uma sociedade mais voltada para o ser humano, que é o que realmente importa no mundo."
"VAMOS MUDAR O MUNDO!"
Nos últimos 60 anos, três gerações marcaram época e mudaram os valores e o jeito de a sociedade pensar. Agora é a vez da abusada Geração Y
TRADICIONAIS (até 1945) >>> É a geração que enfrentou uma grande guerra e passou pela Grande Depressão. Com os países arrasados, precisaram reconstruir o mundo e sobreviver. São práticos, dedicados, gostam de hierarquias rígidas, ficam bastante tempo na mesma empresa e sacrificam-se para alcançar seus objetivos.
 BABY-BOOMERS (1946 a 1964) >>>São os filhos do pós-guerra, que romperam padrões e lutaram pela paz. Já não conheceram o mundo destruído e, mais otimistas, puderam pensar em valores pessoais e na boa educação dos filhos. Têm relações de amor e ódio com os superiores, são focados e preferem agir em consenso com os outros.
 GERAÇÃO X (1965 a 1977) >>> Nesse período, as condições materiais do planeta permitem pensar em qualidade de vida, liberdade no trabalho e nas relações. Com o desenvolvimento das tecnologias de comunicação já podem tentar equilibrar vida pessoal e trabalho. Mas, como enfrentaram crises violentas, como a do desemprego na década de 80, também se tornaram céticos e superprotetores.
 GERAÇÃO Y (a partir de 1978) >>>Com o mundo relativamente estável, eles cresceram em uma década de valorização intensa da infância, com internet, computador e educação mais sofisticada que as gerações anteriores. Ganharam autoestima e não se sujeitam a atividades que não fazem sentido em longo prazo. Sabem trabalhar em rede e lidam com autoridades como se eles fossem um colega de turma.

O SENHOR Y
 Bruce Tulgan, 42, fundou uma consultoria e se dedica a estudar os jovens que estão entrando no mercado de trabalho. Seu último livro, Not Everyone Gets a Trophy: How to Manage Generation Y (Nem todo mundo ganha um troféu: como lidar com a geração Y, ainda sem edição brasileira), traça um perfil dessa nova geração.
* É lenda urbana ou de fato esses jovens não respeitam os superiores?
Tulgan: A geração Y respeita seus superiores, mas não cede de uma hora para outra. Ela não vê as relações em termos hierárquicos. O que eles querem dos chefes é oportunidade de aprendizado, responsabilidades e chances de melhorar o que fazem. Eles querem se afirmar e estão à vontade com os mais velhos - às vezes até um pouco à vontade demais.
* Isso é porque eles nasceram no que você chama de "década da criança"?
Tulgan: Talvez. Essa geração foi superprotegida, educada em uma época em que valorizar a auto-estima e fazer as crianças se sentirem bem era a linha dominante. O resultado foi a criação de uma mentalidade que é uma fonte inesgotável de energia, entusiasmo e inovação que, se não for bem conduzida, pode causar muitos problemas.
* E isso fez com que eles se tornassem mais individualistas?
Tulgan: Mesmo sendo altamente individualistas e focados nas próprias recompensas, têm uma profunda consciência social, preocupação com o meio ambiente e com os direitos humanos. A maioria tem valores morais muito fortes e tentam viver por eles.

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