sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Proposta: a falta do hábito de leitura no Brasil . Faça proposta de Intervenção

vídeo  NÃO DEIXE DE VÊ-LO

''Brasileiro lê em média quatro livros por ano'' ( assista a este vídeo antes de ler. Poderá motivar. Até porque há ideias para reverter  o quadro)

https://www.youtube.com/watch?v=TBgnFQyaXSc


texto 1

A leitura depara-se com uma série de obstáculos, é muito mais fácil sentarmo-nos no sofá a ver televisão do que a ler um jornal até. E a questão parece ser esta sociedade de facilistismo em que deixou de se perceber que as coisas que dão algum trabalho também são as que dão mais prazer, porque são conquistadas. A leitura dá algum trabalho e temos de conquistar um espaço para ela na nossa vida, temos de nos empenhar para absorvê-la completamente, para que faça sentido. Isso é que se perdeu um pouco de vista, mas penso que quem procura acabará por encontrar e tenho esperança de que as pessoas não deixem de procurar, não desistam, porque baixar os braços é ficar sempre no mesmo sítio. 

José Luís Peixoto, in 'Diário de Notícias



texto 1a
 No Brasil colônia, os livros que vinham de Portugal tinham duas funções definidas: religiosa e educativa, e todos eram passados por censuras. Segundo Milanesi (1983, p.26) “Os portugueses foram sempre rigorosos com a publicação e circulação de impressos. Desde 1533, qualquer impressão de livro passava por três censuras: Santo Ofício e Ordinário (da Igreja Católica) e o Desembargo do Paço (poder civil).” Por ser proibida a impressão de livros no Brasil, eles eram importados e a maioria pertencia aos conventos.
Para Milanesi (1983, p.28): “[...] a maior transformação que a Colônia sofreu foi a vinda de D. João VI em 1808.” Pois o rei trouxe de Portugal sua biblioteca com 60 mil volumes e a tipografia, que começa a funcionar, mesmo sob a vigilância da censura.
Após a independência, aconteceram algumas importantes mudanças, como a fundação de jornais, livros, folhetos, escolas, divulgações de novas idéias, principalmente na literatura, além da criação de novas bibliotecas públicas. Infelizmente, o nível de analfabetos no Brasil era enorme, como diz Milanesi (1983, p.31): “No começo do século XX, o índice de alfabetizados não chegava a 30%.”, e como a população não podia acompanhar o desenvolvimento da imprensa, várias atividades ligadas à leitura não sobreviveram.
Com o surgimento do rádio e da televisão, por volta de 1920, a população se afasta ainda mais das publicações escritas, pois para assistir televisão e ouvir rádio não precisa de concentração ou habilidade de leitura. Com os novos meios de comunicação, a função do livro sofreu uma alteração, Milanesi (1983, p. 35), afirma que:

[...] a própria função do livro mudou: de lazer e instrução ele passou a instrumento quase exclusivo para os trabalhos escolares, as chamadas “pesquisas”, uma atividade meramente prática, rotineira. A função do prazer diminuiu, bem como o papel, a ideia do apostólico ligada à leitura.

Com isso, várias mudanças acontecem e as bibliotecas deixam de exercer a função de aprimorar e estimular a vida cultural dos cidadãos para acompanharem a nova função do livro, transformando-se em um ambiente de pesquisa e estudo.

texto 2

É importante escolher um estilo de livro que esteja de acordo com a faixa etária e com um tema de que a criança goste. “Isso faz com que ela busque conhecimento sozinha e seja mais autônoma na descoberta dos próximos livros que desejará ler. Aos poucos, tente estimular outros temas, mas sempre respeitando o gosto da criança. Forçar uma leitura ou um livro fará com que ela inicie a atividade com desgosto”, afirma Ramicelli. Opções com bastantes imagens e ilustrações são uma boa pedida. “Crianças gostam de imaginar o que está escrito, assim como nós. Peça para ela interpretar a cena da maneira como ela imagina; isso fará com que a leitura ganhe vida e ajudará a estimular a imaginação. Vá incluindo letras e frases na brincadeira, mas sempre estimule a interpretação”, completa.
Até a disposição dos livros em casa faz diferença. Para a criança, os volumes organizados em uma prateleira passam a ideia de algo que não deve ser mexido. O assessor lembra que dificilmente a criança vai enxergar ou alcançar o livro, logo, ela não terá vontade de ler, fora o risco de acidentes, caso tente escalar a estante. “O ideal é criar locais interessantes para guardá-los. Em nossos projetos criamos o baú e o carrinho da leitura. É importante usar a criatividade e enfeitar esses locais, as crianças gostam de adornos alegres e que chamem a atenção.” http://drauziovarella.com.br/crianca-2/como-incentivar-a-leitura-nas-criancas/


texto 3

BRASÍLIA - A média de leitura do brasileiro é de 4 livros por ano, sendo apenas 2,1 livros até o fim, segundo a 3ª edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, divulgada nesta quarta-feira. O número é menor do que o registrado em 2007, quando foi feita a 2ª edição da pesquisa. Na época, a média de livros lidos por ano era de 4,7.
O levantamento foi feito pelo Ibope Inteligência com 5 mil entrevistados em 315 municípios entre junho e julho de 2011. A pesquisa, encomendada pelo Instituto Pró-Livro, mostra ainda que metade da população - cerca de 88,2 milhões de pessoas - é considerada leitora, ou seja, leu ao menos um livro nos últimos três meses. O índice é menor do que o registrado em 2007, quando 55% da população havia declarado ter lido ao menos um livro nos três meses que antecederam a pesquisa. O Centro-Oeste é a região com melhor média de livros lidos, seguido pelo Nordeste, Sudeste, Sul e Norte.
A Bíblia é o livro mais lido no Brasil, seguido por livros didáticos, romances, livros religiosos, contos e livros infantis. As mulheres leem mais do que os homens. Enquanto 53% delas são leitoras, entre os homens o índice é de 43%.
Ainda segundo a pesquisa, 75% da população nunca frequentou uma biblioteca na vida. Presente à abertura do seminário Retratos da Leitura no Brasil, no qual o levantamento foi divulgado, a ministra da Cultura, Ana de Hollanda, disse que o governo trabalha para zerar o número de municípios sem biblioteca.
- A leitura, quando vai além do livro didático, vai permitir a formação do cidadão, vai dar ao cidadão as ferramentas do conhecimento, permitir a ele desenvolver a capacidade de reflexão e análise, de questionar e desenvolver seu pensamento e sua opinião. A literatura tem essa capacidade. A televisão não permite tanto a reflexão quanto o livro - afirmou a ministra.

http://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/brasileiro-le-em-media-quatro-livros-por-ano-revela-pesquisa-4436899#ixzz3HiCebHgQ


texto 4

Mentira. Alunos leem sim, o que está na moda: best sellers. E o que é pior? Assistir à novela das 9 ou ler Cinquenta Tons de Cinza? Além de mentira, hipocrisia. Não encaramos o problema como ele deveria ser encarado. Os filhos não leem porque seus pais também não leem; os estudantes não leem porque seus professores também não leem. E como os políticos, em sua maioria, também não leem, pra que investir em educação? 

Assim a leitura passou a visar apenas ao lucro. Aprendemos a ler para dormir, estudar e decorar, até para melhorar o apetite sexual. Só não aprendemos a ler para apreciar as palavras; só não aprendemos a ler para desconstruir conceitos e preconceitos; só não aprendemos a ler para conhecer a fundo uma determinada época e um determinado autor. Enfim, nossos alunos e filhos continuam aprendendo a ler para fazer ficha de leitura."

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