quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Proposta: o lixo eletrônico


O lixo eletrônico cresce três vezes mais que lixo convencional e, segundo a ONU, a situação é mais preocupante nos países emergentes.
Escreva um texto argumentativo , expondo o problema e, buscando soluções possíveis. 


texto 1
O mundo está ficando pequeno demais para tanto lixo eletrônico. São aproximadamente 50 milhões de toneladas por ano. Os Estados Unidos lideram o ranking com três milhões de toneladas, seguidos de perto pela China, com mais de dois milhões de toneladas anuais.
Hoje, o lixo eletrônico cresce três vezes mais que lixo convencional e, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a situação é mais preocupante nos países emergentes. Principalmente no Brasil, campeão na geração de lixo eletrônico por habitante: meio quilo por ano.
O problema é que a maior parte desses resíduos não tem ainda destinação adequada. Um risco para o meio ambiente e a saúde. “Os principais metais pesados são chumbo e são mercúrio. Esses metais geralmente fazem mal para o aparelho respiratório e também para o aspecto neurológico”, fala a coordenadora do Centro de Descarte de Reuso de Resíduos de Informática (CEDIR), Tereza Cristina Carvalho.
O maior centro público de descarte e reuso de lixo eletrônico da América Latina funciona num galpão de 450 metros quadrados, na Universidade de São Paulo (USP). Para o local são levados até 20 toneladas de resíduos por mês. A maior concentração de metal pesado está nos televisores de tubo que concentram até 6 kg de chumbo por unidade, ou nos antigos monitores de computador, que reúnem até 4 kg do mesmo metal cada um.
Toneladas de veneno se misturam com diversos tipos de plásticos, metais e componentes, material jogado fora, mas que tem alto valor de mercado. Sem contar as máquinas que, em muitos casos, ainda funcionam.
Do lado do galpão da USP, um grupo de catadores aprende a desmontar computadores do jeito certo. O curso atende a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que prevê a inclusão dos catadores de lixo.
“São duas lições principais: a primeira é a questão da segurança, então de como não se contaminar trabalhando com lixo eletrônico e a segunda, que é mais interessante para os catadores é a questão da renda. Em média, a desmontagem e a separação de cada uma das peças valoriza em até 10 vezes, o valor da sucata de ferro”, explica o estudante de mestrado da Poli-USP, Walter Akio Goya.
“Antigamente o que era vendido por R$ 50 hoje em dia a gente chega a alcançar até R$ 1.500 mil com a venda”, fala o catador André Luis Gonçalves.
Cada tipo de material vai para uma empresa de reciclagem diferente. O centro já doou e emprestou 800 computadores reciclados para projetos sociais e a própria USP usa componentes e peças no conserto de seus computadores.
Quem também está aprendendo a transformar lixo eletrônico em dinheiro é a garotada do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro. A Fábrica Verde já formou 360 técnicos em informática.
Para cada três computadores doados, um é reconstruído e entregue para associações de moradores, ONGs e creches que atuam nas comunidades.
“Primeiro daqui eu vou levar para minha comunidade. Eu começo com meus parentes. Automaticamente, quando você começa a se associar a um, um espalha pro outro e assim vai crescendo. Hoje eu sou uma pessoa na Fábrica Verde, mas amanhã é um grupo todo”, avisa Geraldo Natal de Almeida.
A Fábrica Verde já doou 20 toneladas de material reciclado para reaproveitamento em vários setores e também oferece cursos de empreendedorismo.
“A gente tem exemplos de jovens que de alguma forma tinham alguma ligação com o tráfico e hoje encontram uma perspectiva diferente. Quer dizer, uma nova forma de ganhar a vida e ao mesmo tempo também saindo daqui com uma consciência social completamente diferente, enfim que na realidade nem existia”, afirma a coordenadora do projeto Fábrica Verde, Ingrid Gerolimich.http://www.mundosustentavel.com.br/2012/07/brasil-e-campeao-na-geracao-de-lixo-eletronico-por-habitante/


texto 2
O que demorou bilhões de anos para ser construído está sendo destruído em poucas décadas ou simplesmente anos.
Não resta dúvida de que a Revolução Industrial trouxe enormes benefícios para a humanidade.
O uso inconsciente de produtos industrializados e suas formas de descarte causam sérios impactos ao meio ambiente.
A omissão de legislação vigente que ainda não definiu o destino final de equipamentos sucateados contribui para o crescimento da degradação do meio ambiente.
As ações inconscientes do homem equiparam-se à busca de superação em termos tecnológicos.
A popularização e até mesmo o consumismo de produtos tecnológicos cria um problema que tende a se agravar ainda mais nos próximos anos.
De acordo com Fonseca (2008), existem 50 milhões de toneladas de detritos no mundo inteiro, sendo que, em 1997 a vida útil de um computador pessoal era de seis anos, passando a ser de apenas dois anos em 2005, fato que aumenta consideravelmente esta realidade.
Os descartes dos equipamentos eletroeletrônicos considerados inadequados ao uso ou sucateados, na maioria das vezes não recebem o tratamento adequado.
Os resíduos dos lixos eletrônicos, ao serem encaminhados para os grandes lixões a céu aberto, podem causar danos à saúde, tanto à espécie animal quanto humana.
Ribeiro (2008) afirma que, no caso de computadores, a única parte que não atrai o interesse das recicladoras é a tela do monitor.
Segundo dados do Greenpeace (2007), rios e águas subterrâneas dos países da Ásia e no México estão sofrendo com o despejo de substâncias químicas tóxicas por parte dos fabricantes de componentes eletroeletrônicos.
O Greenpeace, de acordo com as práticas de fabricação e descarte das empresas, cria a denominação “eletrônicos verdes” efetuando um ranking obedecendo a regras de melhores práticas.
Várias catástrofes ocorreram nos últimos dez anos influenciadas por modificações climáticas, abalos sísmicos, enchentes, invasão de aves e insetos nas cidades, entre outras.
http://techlixo.blogspot.com.br/2010/11/sociedade-da-informacao-e-o-desafio-da_25.html

texto 3
De acordo com estudo divulgado pela Universidade das Nações Unidas, para a montagem de um desktop de 17 polegadas são usados cerca de 1.800 quilos de componentes.
Com a democratização do computador e dos aparelhos eletroeletrônicos, sendo levada em consideração a constante evolução da tecnologia e a queda dos preços, as vendas aumentaram, gerando consequentemente grande quantidade de peças e ou equipamentos não passíveis de uso.
Ao serem inutilizados, estes equipamentos são descartados na maioria das vezes de forma inapropriada e, por possuírem produtos como o mercúrio, arsênio e chumbo em sua fabricação, quando em contato com seres humanos, podem causar diversos danos à saúde.
Fonseca (id.) cita que, em termos técnicos, a degradação de uma placa eletrônica pode gerar 22 mg/litro de Cd (cádmio) e 133 mg/litro de Pb (chumbo), enquanto que o homem suporta, respectivamente, 05 mg/litro desses elementos.
A produção de lixo eletrônico cresce 5% ao ano, cerca de três quilos de lixo eletrônico são gerados a partir da fabricação de cada quilo de computador.
Não é somente a sujeira e o acúmulo de lixo que preocupa, mas as conseqüências que o contato com esse material tóxico pode trazer ao meio ambiente e a nós mesmos.
Affonso (2008) qualifica o e-lixo como uma bomba relógio, cujos efeitos vão recair da maneira mais inesperada possível sobre a sociedade.
Em termos amplos, 94% do que consiste um computador são potencialmente recicláveis. Na prática, cerca de 42% podem ser reciclados, sendo necessário que sejam produzidos aparelhos cada vez mais “recicláveis”.
Além da composição física do computador e índice de materiais recicláveis, é importante demonstrar a associação dos principais elementos das placas de circuito impresso descartadas.
Apesar de existirem empresas especializadas em reciclagem de aparelhos eletroeletrônicos, o
número ainda é insignificante, se comparado ao aumento das vendas. fonte 

TEXTO 3

Os brasileiros entraram com grande entusiasmo na era da eletrônica, mas com pouquíssima disposição de reciclar o lixo eletrônico.
Segundo Ministério do Meio Ambiente, guardamos, no Brasil, 500 milhões de aparelhos sem uso em nossas casas. É muito lixo eletrônico. Quando se pensa em mundo, então, o número é mais impressionante.
O que se produz de lixo eletrônico por ano encheria tantos vagões de trem que daria a volta no planeta. A situação se agrava na proporção em que a vida útil dos aparelhos diminui. Um computador é trocado, em média, a cada dois anos. O celular, menos que isso (22 meses); a TV dura 10 anos; um DVD, entre quatro e cinco anos.

Isso faz com que o Brasil descarte, por ano: 97 mil toneladas de computadores; 115 mil toneladas de geladeiras; 140 mil toneladas de TVs; 2,2 mil toneladas de celulares; um bilhão de pilhas.

Nós já mostramos iniciativas públicas e de Organizações Não Governamentais (ONGs) para reciclar esse material que dão muito certo, mas o que muitos não sabem é que também existe a logística reversa - traduzindo: o produto volta para onde foi fabricado. É reciclado e reaproveitado, seja na forma de componente, seja como matéria-prima.

A Política Nacional de Resíduos Sólidos tornou a logística reversa uma obrigação para todas as empresas do país. Deu prazo para que funcione e as empresas estão tratando de se adequar.

Não precisa esperar muito para aparecer mais gente com aparelhos velhos numa assistência técnica. “Liguei no serviço de atendimento ao consumidor e me informaram que essa era a loja mais próxima da minha residência”, fala a aposentada Thais Amaral Melo.

“A partir da assistência técnica uma empresa especializada coleta o produto. Ela desmonta esse aparelho e destina as peças adequadamente. Nós iniciamos esse programa em março de 2010 e até hoje nos coletamos cerca de 300 toneladas de produtos entre equipamentos, pilhas e baterias e de outros”, diz o diretor de sustentabilidade da Phillips, Márcio Quintino.

“Tem farmácias em São Paulo que aceitam pilhas, tem lojas de celular que aceitam celular usado, e tem uma rede de supermercado que aceita tanto óleo de cozinha, papelão, garrafa”, conta Thais.

Um banco, por exemplo, tem um papa-pilhas em quase todas as agências e não é só pilha que se encontra no local: baterias, celulares, cartuchos. Tudo recolhido e levado para a reciclagem.

“Nós já arrecadamos cerca de 702 toneladas. Na verdade vem superando a expectativa”, conta o gerente regional de atendimento Santander, Ricardo Fingolo.

Numa grande empresa de computadores e impressoras, o conceito de reciclagem está em todas as etapas da produção. As folhas de teste das impressoras viram caixa para embalar o produto. As caixas de papelão são reutilizadas oito vezes pelos fornecedores. Os cartuchos devolvidos viram matéria-prima e cada impressora, por exemplo, sai do local com um chip de identificação próprio, uma espécie de DNA da máquina.

“É identificado que produto é, do que ele é composto e como é que deve ser feito o processo de descarte dele. Peça por peça, parte por parte”, explica o vice-presidente de Impressão da HP, Cláudio Raupp.

A empresa não divulga quanto investe e muito menos quanto ganha de retorno com o programa, mas afirma que, com a cadeia produtiva sustentável, em um ano transformou um 1,3 bilhão de garrafas plásticas em matéria-prima, reduziu 22% da pegada de carbono e poupou 70% de água, quantidade suficiente para abastecer três milhões de casas.

“O consumidor tem um papel extremamente relevante porque na reciclagem e na sustentabilidade ele é que toma a decisão de fazer o descarte, ele é que toma a decisão de separar o lixo, naturalmente que a legislação existe, a regulação existe, mas se o consumidor não fizer o papel dele, a cadeia toda não vai funcionar”, completa Raupp.

Portanto, se você está aí em casa pensando nos aparelhos que não usa mais, mãos à obra. Afinal, segundo a ONU, se ninguém fizer nada, a previsão é de que em 2015 o mundo esteja produzindo 150 milhões de toneladas de lixo eletrônico por ano. Imagina só como o nosso planeta vai ficar.
  http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2012/10/conheca-solucoes-da-industria-para-reciclagem-de-lixo-eletronico.html

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